terça-feira, 19 de julho de 2011

Fim de Semana Inacabável ou Sobre Coisas Efêmeras e Eternas

“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato… Ou toca, ou não toca”.
Com essa frase de Clarice Lispector inicio o post de hoje.
Estou extremamente emocionada com o lance do noivado, nossa toda vez que lembro eu choro. Imaginava que aconteceria, mas não que seria assim, tão rápido. Não que seja um rápido ruim, já que sempre falamos disso, mas é um rápido inacreditável com data e tudo mais. Tipo um sonho se realizando, me entendem? Agora é real.
Pois bem, nesse fim de semana “inacabável” (aff nunca vi um fim de semana tão rápido), vendo o Thiago dormir e a paz que ele irradia, tive tempo para pensar sobre o início. O inicio do meu amor com o Thiago foi uma loucura temporária. Irrompeu como um terremoto, um tsunami, e depois se desvaneceu. Sabe por quê? Porque o amor não significa simplesmente ficar sem respiração, não é pura excitação, não é a promulgação de promessas de paixão eterna. Isso é apenas o “estar apaixonado” com que qualquer um de nós se pode iludir.  O amor propriamente dito é o que sobra quando o “estar apaixonado” se extinguiu, e isso é tanto uma arte quanto um acidente feliz.
Hoje vejo que com 71 dias, o “estar apaixonado” está acabando, e que temos raízes que crescem em direção uma à outra nas profundezas da terra de nossos corações. Decidimos que nossas raízes se tornaram entrelaçadas a ponto de ser inconcebível que alguma vez pudessem estar separadas. Decidimos que quando ficarmos velhos e que quando todas as belas flores finalmente caírem de nossos ramos para o chão vamos ver que sempre fomos uma árvore ao invés de duas, por simples opção.
Por que é isso que o amor é.

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